Um dos anos mais marcantes da história, contada pelo ecritor Zuenir Ventura...

O autor reconstitui os tempos de exaltação daquela época e revela fatos curiosos sobre os principais personagens da vida política e cultural brasileira do período.
A festa de réveillon do ano de 1967, na casa de Heloísa Buarque de Holanda, é o ponto de partida do livro, que mostra, desde o início, que aquele não seria um ano qualquer.
No desenvolvimento da obra, Zuenir relata como agiam e se organizavam os movimentos estudantis e intelectuais integrados por jovens, artistas, cantores e compositores.
Segundo o autor, o assassinato do estudante Édson Luís pela Polícia Militar do Rio de Janeiro marca o início do conturbado ano de 68.
Segundo o autor, o assassinato do estudante Édson Luís pela Polícia Militar do Rio de Janeiro marca o início do conturbado ano de 68.
Outro evento importante tratado na obra foi a Sexta-feira sangrenta. Em meados de junho, o Brasil sofreu um dos momentos mais tensos desse período. O dia 21 ficou marcado pelo ataque do povo contra a polícia, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Pessoas foram presas, baleadas e mortas. Tal fato motivou a organização da Passeata dos 100 Mil, reconhecida como uma afronta à ditadura militar.
A polêmica peça teatral Roda Viva é contada com intensa dramaticidade. Proibida de ser encenada por duas vezes, em São Paulo e em Porto Alegre, os artistas foram espancados por um grupo de pessoas do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), tendo o cenário depredado.
Zuenir descorre ainda sobre a realização do XXX Congresso da UNE, organizado clandestinamente por algo entorno de 750 a 1.500 estudantes, que acabaram presos em Ibiúna, São Paulo.
Zuenir descorre ainda sobre a realização do XXX Congresso da UNE, organizado clandestinamente por algo entorno de 750 a 1.500 estudantes, que acabaram presos em Ibiúna, São Paulo.
O último fato relevante do ano tem registro em uma sexta-feira, 13 de dezembro. Sexta-feira 13, que mudou o rumo do país por quase 10 anos. A partir de entrevistas e do acesso a materiais até então inéditos, como a fita com a gravação da reunião que decidiu pelo AI-5, Zuenir recria o acontecimento político, que abalou o Brasil.
Entra em vigor o Ato Institucinal número 5, decretado pelo então Presidente da República Costa e Silva. A medida suprime as liberdades democráticas no Brasil. Com o AI-5, o Congresso Nacional é colocado em recesso e vários parlamentares têm seus mandatos cassados.
Acima de tudo, Zuenir quer mostrar que a história de 1968 não termina aí. Ela, na verdade, começa, estabelecendo, para os dias de hoje, referências no comportamento, na ética e na forma de pensar das novas gerações.
Acima de tudo, Zuenir quer mostrar que a história de 1968 não termina aí. Ela, na verdade, começa, estabelecendo, para os dias de hoje, referências no comportamento, na ética e na forma de pensar das novas gerações.

Nenhum comentário:
Postar um comentário