segunda-feira, 16 de junho de 2008

Dilema

1) O jornalista deve publicar uma reportagem mesmo sabendo que ela pode prejudicar as pessoas?
O jornalista não pode publicar nada que possa prejudicar pessoas inocentes. Se a matéria publicada é uma mentira e o jornalista está ciente disso, isso é absolutamente errado. Porém, caso a matéria seja uma forma de denúncia de algo errado, isso passa a ser um dever do jornalista. Alertar a população ou as pessoas da opinião pública.
(opinião dada por Caroline Rosito)
2) Um repórter mente e suborna fontes para obter informações de interesse publico às quais não teria acesso caso se identificasse como jornalista. Isso é correto?
O jornalista ou o repórter tem que correr atrás da notícia. Não considero errado omitir a informação, que é um jornalista para conseguir as provas para a reportagem. Porém, o ato de mentir e, principalmente, subornar eu não concordo pois o jornalista já está se submetendo a um “crime” além da falta de ética e moral. Os fins nem sempre justificam os meios.
(opinião dada por Caroline Rosito)

domingo, 15 de junho de 2008

1968 – O ano em que os jovens mudaram a história

Em 2008 comemora-se 40 anos daquele que foi um dos períodos mais marcantes na história recente do Brasil. O ano de 1968 foi o ponto de partida para uma série de transformações éticas, políticas, comportamentais e sexuais, que transformaram profundamente as sociedades da época.

Em termos comportamentais, foi o ano marcado pela revolução sexual, movimentos feministas, lutas estudantis, defesa dos direitos dos homossexuais, livre experimentação de drogas, pílula anticoncepcional, garotas de minissaia, enfim, um ano que mudou para sempre a forma de vermos o mundo hoje.

No Brasil, 68 começou com a morte do estudante Édson Luís, assassinado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, no restaurante do Calabouço, no centro da cidade. A partir desse acontecimento, o movimento estudantil de oposição ao regime militar se fortaleceu de maneira inesperada, o que não se poderia imaginar.

O movimento estudantil simbolizou a luta contra a ditadura militar e a política educacional do governo, que queria privatizar os estabelecimentos de ensino público.

As manifestações estudantis não se limitaram a realizações de protestos nas ruas e enfrentamento contra a polícia. Os jovens se expressaram também por meio da cultura, como a literatura, o teatro, o cinema e a música.

Com a participação de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros, as manifestações dos jovens cresciam por meios culturais, que criticavam a repressão militar e o conservadorismo capitalista, dominando os festivais e peças teatrais. A maioria das músicas e peças de teatros foi censurada pela ditadura militar.

A polêmica peça teatral Roda Viva, escrita por Chico Buarque no final de 1967, estreou no Rio de Janeiro no início de 1968, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Proibida de ser encenada por duas vezes, em São Paulo e em Porto Alegre, os artistas foram espancados por um grupo de pessoas do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), tendo o cenário depredado. A peça foi marcada pela agressividade proposital com o intuito de mostrar ao público os problemas que chocavam o país na época.

O surgimento da contracultura teve papel importante entre os jovens. Um movimento focado nas transformações dos valores e do comportamento. Com um espírito mais libertário, trazia uma cultura mais alternativa. Não foi originado no Brasil, mas ganhou força ao final dos anos 60 e início dos anos 70, por causa de suas ideologias e estilo de vida.

O jovem daquela época acreditava que podia fazer uma revolução política e social. Ter uma ideologia. Tirar o Brasil das mãos daqueles que oprimiam a democracia. Tomar o poder e devolver para todos o direito de liberdade. Porém, hoje vemos que seria impossivél, os movimentos estudantis não tinham uma estrutura grande e organizada para isso.
Eles podem não ter tido sucesso com a revolução política, mas com certeza tiveram êxito nas conquistas culturais e sociais. Mudando hábitos, costumes e maneiras de pensar das novas gerações.